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Mostrando postagens de novembro, 2008

Conversa interrompida

Isso não ocorria só na hora do almoço, ou jantar. Em tempos, que já vão longe, as crianças, em nenhuma hipótese, poderiam interromper os mais velhos, ainda que fosse para falar alguma coisa com suas mães, ou pais. Deveriam aguardar uma pausa na conversa, para então colocarem suas palavras. Fiquei anos sem ver qualquer ensinamento nesse sentido, até que um dia, na casa de uma cunhada, vi quando ela repreendeu seu neto, então com uns 7 ou 8 anos, porque ele estava interrompendo nossa conversa. Ela lhe disse : “a vovó está conversando. Espere sua vez”. Achei incrível! Realmente, há muito tempo eu não ouvia isso. Como seria bom se conseguíssemos chegar a um equilíbrio e, sem qualquer tipo de excesso, fazer com que nossas crianças aprendessem a esperar um pouquinho, sem interromper seus pais a todo instante. Vocês já repararam como é difícil manter qualquer conversa quando as crianças estão por perto? E não estou me referindo só às crianças pequeninas, mas também às mais crescidinhas. Suas

Moças Prendadas

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São muitos blogs de culinária e de gastronomia. Cada um mais bonito que o outro, e com receitas que parecem ser fantásticas. Alguns mostram os passos da confecção do prato, outros só mostram o resultado final. Mas todos, com fotos tão bem feitas, que nos sentimos diante dos quitutes. Confesso que, até pouco tempo, eu achava que as moças de hoje em dia não se interessassem por culinária. Com a vida atual tão corrida, pensava que elas nem mesmo pusessem o pé na cozinha. Contudo, não é isso que estou observando nas minhas circuladas pela blogosfera. Essas jovens modernas, não só colocam os pés na cozinha, como as mãos e a imaginação. Criam pratos saborosos, mostram os passos a passos, colocam fotos lindas. Acho incrível essa realidade, que eu desconhecia: a de jovens (ou de jovens senhoras) quituteiras. Parabéns para essas blogueiras que fazem maravilhas, e que contam seus segredos de cozinha de forma tão generosa. E estou tão entusiasmada com as receitas que tenho visto, que hoje resolvi

Mãe duas vezes

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Já escrevi sobre o tema, no dia 5 de junho de 2008, sob a forma de pergunta. Seria a avó, mãe duas vezes? Há mais de um mês estou numa temporada de sentir “na pele”, no corpo e alma, o que é ser mãe duas vezes. Minha filha voltou a trabalhar, diariamente, fora de Santos. Sai bem cedinho, e chega à noite. E, nessa semana, está trabalhando um pouco mais loooonge. Minha netinha está comigo, em minha casa. Se por um lado é um privilégio ( http://blogdavovohelo.blogspot.com/search/label/privil%C3%A9gio )poder acompanhá-la no seu dia a dia, por outro, “ufa”, haja energia. Aliás, acho que os votos de energia foram os que mais recebi, junto com os parabéns pelo meu aniversário. Energia no sentido de vitalidade, de “pique” para resolver as demandas de uma linda menininha de 2 anos e quatro meses. Tenho vivido momentos deliciosos, que só o acompanhamento diário permite. Em contraposição, estou com olheiras e, digamos assim, cansadiiiiinha. Agora há pouco, ela me pediu água. Enchi o copinho e el

Vamos brindar?

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Hoje vocês são meus convidados para um brinde ao meu aniversário. Completo mais um ano de vida, com saúde e com as pessoas que amo. É preciso, pois, brindar, e agradecer a todos aqueles que durante esse meu ano de vida me trouxeram alegrias, amizade, solidariedade. Acho incrível a velocidade do passar do tempo. Esse é um bordão muito gasto, mas como é verdadeiro. Ainda ontem, eu era uma jovem e hoje, quase que num piscar de olhos, sou uma "jovem idosa". Achei essa expressão muito interessante e pertinente, e me foi atribuída numa viagem para Portugal. Eu e meu marido inauguramos, por acaso, um hotel em Leiria e, quando na continuação da viagem chegamos a Coimbra, num hotel da mesma rede, recebemos um impresso que informava a inauguração do hotel por um "casal muito simpático de jovens idosos brasileiros". É isso mesmo. Não sou jovem, mas também não sou idosa. Sou uma "jovem idosa", que mantém toda a motivação e entusiasmo da juventude, mas que fica atenta

Viroses?

Há um mês, ou mais, uma virose atrás da outra. No meio, uma infecção urinária e uma erupção na pele, que não cede. O catarro e a tosse, também persistem. Já se passaram os três dias em que a virose deveria ceder, e mais três, e mais três... Médicos, laboratório, pronto socorro infantil. Parece que os cuidados com a saúde das crianças ficaram mais difíceis. Não sei se isso se deve ao aumento dos “vírus”, ou ao desenvolvimento das especialidades médicas. Há tempos atrás, resolvíamos os problemas praticamente com o médico pediatra, como já tive a oportunidade de relatar no meu post do dia 27/08/08 ( http://blogdavovohelo.blogspot.com/search/label/pediatra ). Pronto-socorro, raramente, até conto nos dedos (três vezes para dois filhos). Exames laboratoriais, nem me recordo. É verdade que o pediatra que acompanhou o nascimento dos meus filhos seguiu-os até a adolescência.   É verdade, também, que para as pequenas ocorrências, e antes que aumentassem, ou agravassem, usávamos remédios

Amigo fiel

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Ela adora um cachorrinho (nem precisa ser pequeno). É verdade que eles são cães da família, o que lhe dá segurança para aproximar-se. Mas quando vê algum na rua, também quer “conversar”. Com certeza, vai querer ter um cãozinho, assim que crescer um pouco mais. Quase todos concordam: o cão é um amigo fiel. Importante para as crianças, importante para os idosos. Com os cachorros, as crianças ganham em relacionamento social e desevolvem sua afetividade. Crianças com problemas de saúde, e com distúrbios de comportamento, também se beneficiam muito da sua convivência com cães. Várias são as experiências nessa área, como na Escola Parque na Asa Norte em Brasília ( http://neliaf.multiply.com/journal/item/1141 ), e no GRAAACC, em São Paulo ( http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u450014.shtml ) E os cães-guias, verdadeiros olhos daqueles que deles dependem ? Conheço um lindo, o Bóris, companheiro inseparável de uma amiga. E os cães companheiros de idosos? Sempre vejo, nos jardins

Maternidade

Dia 3 de novembro. Foi numa data como essa, que me tornei mãe pela primeira vez. E foi, então, que passou a se desenrolar, em mim, uma série de sentimentos todos ligados à cadeia tão forte que há entre mãe e filho. Sentimentos ora sucessivos, ora concomitantes. Sentimentos transitórios, sentimentos permanentes. Sentimentos que me abatem, sentimentos que me deixam em estado de graça. Encantamento (acho que o primeiro), preocupações, ternura, alegrias, tristezas, dúvidas, esperança, mágoas, orgulho, mas, sobretudo, amor incondicional . E uma certeza : a de que ser mãe é doação, é um projeto sem fim.