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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Ajudante de cozinha

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Nesse último fim de semana recebi a visita de minha grande companheirinha, que nem bem chegou foi pegando seus utensílios de cozinha, e me convocando: -Vovó, vamos fazer uns bolinhos? - Qual bolinho, o de caneca? - Não, vovó, quero usar essas forminhas. - Ah, com essas forminhas temos que fazer biscoitos. E eu, que há muito tempo não fazia biscoitinhos, fui atrás de uma receita fácil e rápida, usando a internet, claro. Na correria, não estava conseguindo nada do jeito que pretendia. E minha ajudante estava com pressa. Então, lendo aqui e ali, resolvi criar uma receita. Daí, começou a preparação, sempre com a ajuda da “minha” menininha. Chegou a hora de colocar a mão na massa e ela assumiu o trabalho direitinho. Foi um trabalho a quatro mãos. Ora ela, ora eu. Pena que não deu para fotografar essa fase. Estávamos sós, em casa, e com as mãos totalmente lambuzadas era impossível pegar na máquina. Foi uma festa na hora de abri a massa e cortar os biscoitinhos. A ajudante vibrou e escolheu

Cabelos brancos

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Outro dia tive a atenção chamada para uma foto tirada em um evento social. Mostrava uma determinada personalidade, ladeada por um casal. E a legenda dizia mais ou menos isso: “fulana de tal”, ladeada por “fulano de tal” e sua mãe “sicrana de tal”. O “fulano de tal” tinha a cabeça praticamente branca. Sua mãe, que estava do outro lado, não mostrava sequer um fio de cabelo branco. E, reconheça-se, tinha um ar jovial. Pensei: logo esse filho estará parecendo mais velho que sua mãe.  Já há algum tempo venho refletindo nessa questão dos cabelos tintos. Para as mulheres, de um modo geral, cabelos brancos devem ser tingidos. Há quase que uma unanimidade em relação a isso. Basta prestar atenção: é difícil vermos mulheres com cabelos brancos, ou grisalhos.  Até lembrei de um fato acontecido comigo. Eu estava querendo conversar com uma professora de piano da minha cidade, mas tinha dificuldades para encontrá-la. Um dia, falando com seu marido, pelo telefone, ele me perguntou se eu iria

Sonho e amizade

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A cidade de Santos, que hoje completa  464  anos, já tem seu piano de cauda de qualidade: um Steinway Concert Grand. Acho que esse deve ter sido um dos principais sonhos de D. Aura Botto de Barros, uma senhora batalhadora e ligada à cultura. Depois de muita luta, por mais do que uma década, conseguiu sensibilizar o poder público municipal para a necessidade de Santos ter seu próprio piano. Depois disso, e por intermédio de um programa de incentivo fiscal, foi mais fácil conseguir o apoio de três empresas patrocinadoras. A cidade, até então, sempre que recebia algum pianista para concertos, tinha que alugar o instrumento. Pois bem, em 17 de novembro de 2009 nosso piano chegou ao Teatro Coliseu, e D. Aura lá estava para recebê-lo. Disse que aquele era um "dia incrível".                                        (Dia da chegada do piano. Foto, daqui ). Para sua estreia, nada melhor do que um concerto durante os festejos pelo aniversário da cidade. Foi então que ela recebeu

Cores no céu

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                                                (Foto de Eduardo Andreassi - aqui ) Passeando com a ajuda da internet, encontrei uma página   com fotos lindas de Santos, incluindo fotos da queima de fogos na passagem do ano de 2009 para 2010. E fiquei com vontade de fazer esse registro, antes que o primeiro mês do ano termine. Fizemos nossa festinha, e pouco antes da meia noite descemos do nosso 18º andar para ver a queima de fogos na praia. Nessa hora, uma verdadeira multidão se encaminhava para a praia, muitos com roupas brancas, muitos levando taças e garrafa de champagne para o brinde da virada. A praia estava toda arrumada para as comemorações, e nós estávamos olhando da janela, na indecisão de descer ou não. Mas a "menininha", muito empolgada, achava que a festa só iria acontecer na areia. Então descemos. Só que não tivemos uma visão muito boa, e eu quase não consegui fotos que mereçam registro. Aqui estão elas: Tudo, porém, valeu muito pela expressão admirad

Dia de luz

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Há crepúsculos lindos. Crepúsculos com cores e luminosidade radiantes. E isso foi o que senti no último dia 19, quando festejamos a vida plena, a vida pura (como disse minha filha Priscila no seu comentário ao "post" Crepúsculo ). Minha mãe. 96 anos. 9 filhos, 26 netos e 32 bisnetos (quase 33). Ela estava muito feliz. Na hora do “Parabéns”, tinha uma bisnetinha ao seu lado. Foi o suficiente para que batesse palmas, e assoprasse alegremente as velinhas dos seus 96 anos.    Também festejando a data, seu irmão caçula, meu tio Paulo, que aparece à esquerda, nessa foto. Os dois irmãos aparecem trocando olhares em uma das fotos da colagem (1ª da fileira do meio, à esquerda). E por último, um prato de losangos com glacê de limão, que era presença certa nos nossos aniversários de criança, sempre feitos por nossa mãe. Agora, foi minha vez de fazê-los para ela.    

Crepúsculo

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Caminhando pela praia, pensei o tempo todo em minha mãe.  Sempre aproveito a caminhada matinal para admirar a beleza da praia, dos jardins, do mar, dos recortes de relevo, das brincadeiras de crianças. Para pensar como é bom poder andar, e como é bom andar na praia. Mas nesse dia minha mãe ocupou totalmente meu pensamento, e minha caminhada foi acompanhada por lágrimas. Lembrei do quanto ela gostava de caminhar pela beirada do mar, molhando os pés, e de como gostava de entrar no mar quando ele estava bem calmo, só com marolas. Até seus 87 anos de idade ela foi bem independente. Saía sozinha, às vezes até pegava ônibus para algum compromisso (embora nós a aconselhássemos a pegar um taxi). Quando perdeu uma amiga (bem mais nova), com quem costumava sair, comentou comigo que gostaria de andar na praia, mas não tinha companhia. E eu a incentivei a ir sozinha. Disse que ela estava muito bem, e que deveria ir andar um pouco. A distância da sua casa até a praia é de uma quadra. E el

Coração de mãe

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Numa noite dessa semana, sonhei com meu filho. Ele era um menininho com aproximadamente 5 anos e veio meio tristinho me pedir chupeta. Eu estranhei, pois há muito ele deixara a chupeta (na vida real, aos 2 anos). Mas, sem nada perguntar, entreguei-lhe uma. Ele deu umas chupadinhas e me devolveu. Deu alguns passos, e voltou. Pediu novamente. Nessa hora acordei e, de imediato, fiz minha interpretação sobre o sonho. E pensei: Nossa, o Gus deve estar precisando de carinho, de companhia, de atenção. Como já contei aqui , ele está num trabalho na Antártica, no meio do gelo total e com dificuldades para comunicação. Nesses quase dois meses, só falamos duas vezes: na ante-véspera do Natal, e no início do ano. Quem vive em lugares com inverno rigoroso, pode avaliar melhor o que deve ser enfrentar um trabalho nas profundezas da Antártica.  Levantei pensando no sonho. Tomei meu café da manhã, e estava iniciando a leitura do jornal, quando o telefone tocou. Não acreditei! Era ele.

Artífice do bem

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Se é difícil aceitar a morte de alguém que está em pleno vigor, de alguém que é símbolo da caridade, de alguém que não se esquiva da ajuda ao próximo, mais difícil, ainda, é aceitar sua morte de uma forma violenta. E foi assim que partiu Zilda Arns, derrubada por um desastre da natureza, num local onde acabara de chegar para levar seu trabalho humanitário. Foi ela a responsável pelo desenvolvimento da Pastoral da Criança, trabalho iniciado para combater a mortalidade infantil, principalmente pela desnutrição e que, com o tempo, passou a envolver projetos de geração de renda e de educação de jovens e adultos.  Esse trabalho vitorioso começou numa pequena cidade do Estado do Paraná, só com ela. Sim, só com ela. E em pouco tempo o resultado foi surpreendente: a mortalidade infantil que, num ano, era de 127 por mil crianças, baixou para 28 por mil. Foi um trabalho de formiguinha, um trabalho de educação, de nutrição, que envolveu muito amor e dedicação. Formando, aos poucos, muitos líd

Fim de férias

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( Alerta: post com assunto de vovó).  Essa foto foi tirada na hora da nossa despedida, ontem, em SP . Hoje acordei com saudades, muitas saudades da netinha. Ela já voltou para São Paulo, e para sua rotina da escolinha. Eu, embora tenha passado o fim de semana em São Paulo, já estou em Santos, na minha rotina de aposentada. Rotina essa que, muitas vezes, é entediante, embora eu reconheça que ela tem um lado muito bom. Se não fosse a falta de compromisso profissional, com certeza eu não teria tido a oportunidade de acompanhar, tão de perto, o crescimento da Isadora. Foram dias muito gostosos e bem cheios. O interessante é que, mesmo nos dias em que minha filha estava em Santos, a Isadora quis dormir no meu quarto, num colchãozinho ao lado da minha cama. E olha que ela é grudadíssima na mamãe.  Bem que ela queria o lugar do vovô, na cama, mas logo entendeu que não era possível. Essa era cena no café da manhã. Hoje, faltou. Mas a imagem, ficou. Foram 15 dias de muita alegria. Como a

Boa para o verão

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Calor forte todos os dias. Netinha passando alguns dias na casa da vovó. Praia na parte da manhã, moleza na parte da tarde. Programas de férias. Com tudo isso, pouco tempo para o computador e para outras atividades. Assim não dá. A vovó precisa ficar mais esperta. E é por isso que, aproveitando uma sugestão da Gina , fiz uma salada muito gostosa: uma Salada Caprese, simples e “elegante”.  As folhinhas de manjericão não estavam muito crescidas (são da minha hortinha da área de serviço), mas cumpriram perfeitamente seu papel, perfumando e dando sabor especial à salada. Coloquei tomate, fatias de mussarela de búfala, manjericão e gotinhas de molho de romã. No lugar do molho de romã, a Gina colocou vinagre balsâmico reduzido. Salada simples e deliciosa, boa para esses dias de verão.

Presente Maior

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Nesse Natal, minha filha nos presenteou com algo muito especial: um livrinho “escrito” pela Isadora, com redação da sua mamãe. Foi um presente maravilhoso. Original e extremamente delicado. Os textos todos muito sensíveis, as ilustrações lindas e criativas, e o projeto gráfico muito interessante. Enfim, um livro lindo, para ser guardado como uma joia. Sua capa, é a que está reproduzida acima. E ele começa assim: ( Para poder ler, clique nos textos ) Tem o formato retangular e trinta e três páginas. Na página do lado esquerdo sempre uma ilustração, que diz respeito ao texto que fica do lado direito. Os textos têm letras brancas e fundo colorido. Cada texto tem sua cor, e versa sobre alguma passagem importante da vida dessa menininha tão querida.  O livrinho "Presente Maior" foi o grande presente desse Natal. Uma surpresa que emocionou muitos. Aqui a primeira ilustração, acompanhada por sua historinha: Entre as várias historinhas está a que explica o nome do livrinho: Prese