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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Figurinha carimbada

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Há alguns anos era muito comum, principalmente entre as crianças, o hábito de colecionar figurinhas para completar álbuns. Esse álbuns surgiram na década de 1940 e, durante muito tempo, estavam entre as principais diversões da garotada. Havia álbuns de histórias infantis, álbuns de animais, flores, de personagens do Walt Disney e os famosos álbuns de times de futebol e das copas do mundo. As figurinhas vinham em pacotinhos, e eram vendidas nas bancas de jornal. Existiam as figurinhas fáceis e as difíceis, e havia, também, as dificílimas figurinhas carimbadas. Conseguir uma dessas era muito complicado e, quando não se tinha a sorte de tirá-las nos pacotinhos, só eram conseguidas mediante troca por muitas outras. Figurinha carimbada! O que não era feito para consegui-las. E lembrei de tudo isso ao conhecer pessoalmente, há dois dias, uma “figurinha carimbada”. Já éramos amigas virtuais há mais de um ano, e agora conseguimos nos encontrar. Sim, trata-se de uma verdadeira “figurinha carimb

Bênção

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                                   ( Antes e depois. Muito calor, aproveitamos para cortar o cabelinho ). Novamente na função de vovó em tempo integral (minha filha viajando a trabalho), acabei de “ninar” minha netinha. Deitei ao seu lado e comecei contando uma história. Ou melhor, contamos as duas, pois ela já sabe a história de cor e falava junto comigo. Estávamos de mãos dadas, e eu pensando na graça imensa de poder ter esses momentos. Da história, passamos para as músicas. Ela me pediu que eu cantasse a da Fonte do “Tororó”. Cantei mais umas duas e daí lhe disse que iríamos fazer uma oração para o anjinho da guarda, e dormir. Então ela falou que antes daria um beijo na minha mão. Lembrei do costume antigo de se pedir a bênção, e lhe contei que, quando eu era pequena, beijava a mão dos meus pais e avós e lhes pedia a bênção. E ela: a mamãe e o tio Gus, também? - Isso mesmo. Eles também pediam a bênção para seus vovôs e vovós. - Ah! Eu, também. Daí, beijou minha

Eu e minhas emoções

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Fui a uma feira de antiguidades, e chorei. Não, não estava triste. E nem o lugar era triste. O dia estava lindo e a praça, onde a feira se realiza semanalmente, estava resplandescente de alegria. É que existem ocasiões que funcionam como gatilhos para despertar lembranças, e fatalmente provocam emoções. Encontrei numa barraca, muito bem arrumada, alguns exemplares de uma revista editada em Buenos Aires, e fui transportada de imediato para anos atrás. E vi as revistas sendo trazidas por meu pai, para presentear minha mãe. Não sei se uma vez por mês, ou com outra periodicidade. Mas vi minha mãe lendo, e se familiarizando com a língua espanhola. Também lembrei que, manuseando essa revista de alta qualidade, eu e especialmente meus irmãos pouco mais velhos (tenho três irmãos que me antecederam, e cinco que nasceram depois de mim) tivemos nossos primeiros contatos com o espanhol. Já havia procurado essa revista em outras ocasiões nessa mesma feira, a Feira de San Telmo, mas não as havia enc

Mascarado apaixonado

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“Um pierrô apaixonado, que vivia só cantando ...” Era carnaval e meus avós maternos eram recém-casados. Quando se encaminhavam para o baile, meu avô, que era um dos diretores do clube, falou para minha avó: - Olga, pode ser que eu precise me afastar um pouco de você, para resolver algum problema. Se isso acontecer, e se aparecer alguém convidando-a para dançar, não se intimide. Pode aceitar, pois o baile é familiar e todos aqui são amigos. “Ô abre alas que eu quero passar Ô abre alas que eu quero passar Eu sou da Lira não posso negar ...” Música, alegria. De repente, meu avô disse que precisava sair um pouco. Minha avó, que era nova na cidade, olhava para tudo e para todos quando vê, na sua frente, um pierrô mascarado convidando-a para dançar. Ficou um pouco indecisa mas, lembrando da recomendação do marido, aceitou. Dançaram um pouco, mas ele acabou sendo traído por sua voz ao tentar puxar conversa: - A senhora é nova aqui, não? E ela: - Janjão? Acabara de descobrir que o pierrô masc

Pausa breve

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Saí para procurar sombra e água fresca. E, sobretudo, temperaturas mais amenas. Antecipamos, um pouco, os feriados do Carnaval e espero, quando voltar, encontrar Santos com menos calor. Se tiver chance, e conseguir conexão, aparecerei para blogar um pouco. Caso contrário, vou sentir um bocado. Então, até a volta.

Nocaute

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Estou nocauteada pelo forte calor que estamos enfrentando há vários dias. São dias e dias, acho que mais de um mês, de dias absolutamente escaldantes. Desde cedo os termômetros já marcam mais de 30º C, e a temperatura vai subindo ao longo do dia, mantendo-se assim mesmo à noite. Com isso, minhas caminhadas pela praia ficaram totalmente inviabilizadas. A não ser que eu inicie a caminhada às 6 da manhã. Dentro de casa não temos o sol sobre nossas cabeças, mas temos calor do mesmo jeito. Um calor úmido, bem desagradável, que fica exigindo vários banhos por dia, e insistindo para que liguemos o ar condicionado. Mas ar condicionado ligado o dia inteiro é algo problemático. Ontem mesmo escutei num noticiário que o consumo de energia elétrica disparou, por conta do forte calor, e que o abastecimento poderá correr riscos. E isso é muito preocupante. O que fazer? Acabei de tirar essas fotos. Tive que me encher de coragem para descer e tirá-las, no sol escaldante de meio-dia. A praia e

Losangos com glacê

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Doces com gosto de infância. Doces que sempre estiveram nas nossas mesas de aniversário, feitos pelas mãos ativas de minha mãe. E feitos à mão, mesmo, porque naquela época não existiam as batedeiras de bolo. Lembro bem dela batendo o "Bolo Majestoso", que é a base desses losangos, e lembro, também, da disputa para raspar a tigela onde o bolo havia sido batido. Lembro, também, de quando eu batia bolos para meus filhos ( já com a ajuda da batedeira), assim como da disputa, entre os dois, para raspar a vasilha da máquina. E agora, bato bolos para minha neta.  Mas, no último dia 19 de janeiro, fiz um bolo especial, e ao mesmo tempo simples, para o aniversário da minha mãe: os seus losangos com glacê.  Depois de ter publicado sua foto, recebi alguns pedidos da receita, e esse é o motivo desse texto. Como havia feito a receita meio “a olho”, quis repeti-la para poder prestar atenção nos detalhes. Convidei algumas amigas para um lanche, que girou principalmente entre u

Lógica infantil

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(Alerta: essa é uma conversa de vovó). Vovó, você é velhinha? Não, minha boneca, a vovó não é velhinha. Não é mocinha, nem moça como a mamãe, mas também não é velhinha como a bisa, ou como a bivó (sua outra bisavó, que prefere ser chamada assim). Esse foi um dos nossos diálogos, enquanto fazíamos biscoitinhos num fim de semana. A confecção dos biscoitinhos exigiu que eu ficasse em pé durante bastante tempo. Fazendo a massa, passando o rolo, cortando, pondo nas assadeiras. Durou mais do que o normal, porque minha ajudante também quis participar de todas as fases. E isso, às vezes, provocava um “refazer”. Acontece que eu não suporto ficar em pé durante muito tempo. Andando, tudo bem. Mas parada, logo fico com um enorme desconforto nas pernas. E sempre que possível, gosto de descansar com as pernas apoiadas em uma banqueta. Tanto tempo em pé, o desconforto foi bem grande, e acabou me provocando uns gemidos: ai, ai. Que foi vovó? Minha perna está doendo. Doendo? É, doendo.

Sono interrompido

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Estava cansada e com sono. Fugindo à regra, consegui adormecer logo. Mas, no meio da madrugada, acordei. Olhei o relógio: 3:33 hs (três horas e trinta e três minutos). Virei de um lado. Virei do outro. Arrumei o travesseiro. Ajeitei a cabeça. Nada. Olhei novamente o relógio: 5:03hs (cinco horas e três minutos). Não é possível. Preciso dormir. Virei de um lado. Virei do outro. Quando a cabeça precisa ficar livre de pensamentos, lá vêm eles. O armário que precisa ser arrumado, as sacolas cheias de roupas, que estão esperando encaminhamento para doações, as providências do início do mês. Preciso dormir. Não consigo. Levanto? Não levanto? Não, não levanto. Vou tentar dormir. De repente, escuto o Berto: - Acordada? - Sim, desde 3:33 hs. - E agora, que horas são? Olho o relógio.  - 6:23 hs. Para ser bem exata, 6 horas, 23 minutos e 23 segundos. Não é possível. É muito “3” para uma só noite. E, na verdade, o que eu mais estava querendo era contar até “3”.... e

A força da beleza

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Essas orquídeas nasceram na minha casa. Suas antecessoras, que ganhei de presente há mais ou menos um ano, morreram.  As "raízes" foram cuidadas e, agora, fomos brindados com esse renascimento.  Não é difícil conseguir isso.  Assim que as flores murcharem, deve-se cortar as hastes e regar as "raízes" duas vezes por semana. Se os dias estiverem muito quentes, molhar mais uma vez.  Elas gostam de um lugar com luminosidade, mas sem vento. Depois, é só esperar.  De repente, surgem novas flores, com toda força da sua beleza. Adoro orquídeas, assim como hortênsias. Assim como lírios, copos-de-leite, rosas, jasmins, gérberas, flores do campo ...