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Mostrando postagens de junho, 2011

Cinema triplo

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Às vezes passo dias sem ir ao cinema. Ou por não conseguir me programar, ou porque a programação dos cinemas não está boa. Mas nos últimos dias tudo deu certo, e eu consegui assistir a três filmes muito bons. E quando isso acontece, é uma delícia. Porque, para mim, um programa bom de cinema tem um valor bem grande. Saio do cinema leve, distraída, feliz. O primeiro filme da semana foi “Em um mundo melhor” , filme dinamarquês, vencedor do Oscar e do Globo de Ouro de 2011, na categoria de filme em língua estrangeira. O filme gira em torno da vida de duas famílias, que se cruzam a partir de dois garotos, colegas de escola. O pai de um deles é um médico, que alterna seu trabalho em um campo de refugiados na África com dias na Dinamarca, onde vive sua família. É um pacifista, partidário de dar a outra face quando é agredido, e que quer passar esse comportamento para seus filhos. A violência está presente no campo da África, na escola, e no comportamento dos meninos. O filme é muito lindo

Mundo Mágico

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Já estava sentindo falta de uma exposição de arte, e voltei ao circuito visitando uma imperdível (pelo menos para quem estiver em São Paulo, ou próximo): “O mundo mágico de Escher”, no Centro Cultural Banco do Brasil. O artista, o holandês Maurits Cornelis Escher, grande nome da gravura do século XX, faz coisas assombrosas com suas litogravuras e xilogravuras. Cria ilusões de ótica fantásticas, brinca com as mudanças de perspectivas. Seus mosaicos são maravilhosos, e ficamos como que hipnotizados diante dos seus traços. São figuras entrelaçadas, e ao mesmo tempo destacadas. Homens, peixes, aves, répteis, em planos geométricos. É o tridimensional em uma superfície bidimensional. A exposição é instigante e desafiante. Somos levados a uma observação atenta, que nos leva à descoberta do oculto, mas que ao mesmo tempo se mostra tão evidente. Achei um programa fantástico. O prédio do Centro Cultural Banco do Brasil, que fica no centro de São Paulo (rua Álvares Penteado, 112), por si já

Viagens e viagens

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Manter um blog de viagens, não é muito simples. Principalmente pelo fato de que, normalmente, os textos não são redigidos em concomitância com a viagem. E passado um tempo, fica mais complicado falar sobre os lugares visitados, e selecionar as fotos. Quando comecei meu blog “Fotos: lazer e memórias” , tinha a intenção de escrever sobre as cidades que havia conhecido desde a minha infância, colocando fotos da época. E assim comecei, falando sobre Santos, minha cidade natal, e depois, pela ordem, sobre as outras cidades que fui conhecendo, ainda na infância e na adolescência. São Paulo, no tempo da garoa. Guarujá, na época em que seu acesso era complicado, incluindo até um pequeno trecho de trem. Brasília, logo após sua inauguração ... Acontece que esse roteiro era difícil de ser seguido, e resolvi intercalar as cidades percorridas no passado com as que tenho conhecido nos últimos anos. Ainda assim, não encontrei um ritmo bom para colocar fotos das viagens, e falar sobre as m

Choro fácil

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Se eu estiver querendo chorar, já sei: devo ligar a televisão quarta-feira à noite para assistir Chegadas e Partidas, programa da Astrid Fontenelle. É tiro e queda. No Aeroporto Internacional de Guarulhos, SP, ela realiza três ou quatro entrevistas, que giram em torno de pessoas que estão partindo, ou pessoas que esperam alguém. Histórias diferentes, mas sempre cheias de emoções. E quase sempre recheadas de choros. São filhos partindo para estudar ou trabalhar no exterior, despedindo-se de pais sofrendo pela separação. São pais esperando filhos, com quem não encontram há anos, e que voltam para pequenas temporadas. São filhos esperando pai, ou mãe, com trabalho fora do Brasil. São jovens esperando um noivo, ou noiva, chegando para casar e fixar residência no Brasil. Várias histórias, todas envolvendo amor, afeto, saudade e lágrimas. É difícil não chorar junto. E é impossível não lembrar das ocasiões em que vivi essa situação de tristeza da despedida, ou da ansiedade por uma chegada.

Santo casamenteiro

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(Imagem de Santo Antonio da Igreja Santo Antonio do Embaré, em Santos). Eu pedi numa oração, ao querido São João Que me desse um matrimônio. São João disse que não! São João disse que não! Isto é lá com Santo Antonio. Eu pedi numa oração, ao querido São João Que me desse um matrimônio. Matrimônio! Matrimônio! Ah, ah, ah, ah! Isso é lá com Santo Antônio! 13 de junho. Dia de Santo Antônio, dia de distribuição de pãezinhos bentos, dia de procissão nas igrejas que o têm como padroeiro, dia das simpatias, dia de festa. Acho que é difícil alguém que não goste de uma festa junina, ou de sua culinária. As festas juninas têm um quê de ingenuidade, bem retratado por suas músicas: "pula a fogueira ioiô, pula a fogueira iaiá", "o balão vai subindo, vai caindo a garoa" "capelinha de melão, é de São João", "cai,cai, balão" ... São festas alegres e cheias de quitutes tradicionais. Canjica, quentão, vinho quente, pé de moleque,

Prato do sábado

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Parece que adivinhei. Andava com vontade de comer feijoada, e resolvi deixar de molho os preparos, na última 6ª feira à noite. Amanheceu um sábado nublado, friozinho, e com chuva na hora do almoço. Dia perfeito para uma feijoada, orgulho da culinária nacional. Fiz com poucas carnes: costelinha e lombo de porco defumados, charque, paio e toucinho defumado. Ainda assim, deu um panelão. É quase que impossível fazer uma feijoada pequena. É um prato bom para várias pessoas e, como estávamos sós, teremos feijoada para mais dois dias. O freezer se encarregará de conservá-la. Outro problema, além do panelão, é que não se consegue fazer um prato pequeno, e arrumadinho. Basta que se coloque um pedaço de cada carne, um pouquinho de couve mineira, farinha, arroz (que é dispensável) e pedaços da indispensável laranja, para se ter um prato de pessoa esfomeada. Comi o pratão, mas pelo menos me esforcei para não repetir, porque havia caprichado na sobremesa: panna cotta servida com morango

Mais um aniversário

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Quase que passa em branco. Só hoje percebi que meu blog está completando 3 anos, pois nasceu no dia 1º de junho de 2008. De início com o nome de “Blog da vovó”, estava centrado mais no desenvolvimento de nenês (minha netinha estava com um ano e dez meses), nos cuidados com crianças, nos problemas de educação, sempre procurando fazer um paralelo entre os dias de hoje e os dias em que meus filhos eram crianças. O blog cresceu um pouquinho, e passou a abordar uma variedade de assuntos. Livro que eu acabara de ler, filme que assistira, concertos, emoções sentidas em viagens, em família, problemas, e sempre historinhas sobre a netinha e seu desenvolvimento. Foi necessária, então, uma pequena alteração no seu nome. Falei sobre isso em 08.12.2008 , e iniciei o ano de 2009 com o novo nome do blog. A mudança foi simples, para não alterar a essência, permitindo o entendimento de que ainda era um “Blog da vovó ... mas não só.” Em 01.01.2009, com sete meses de vida, o blog teve seu

Gêmeas?

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(Aviso: conversa de vovó). Outro domingo, a Isadora estava terminando seu almoço com uma taça de sorvete. Ao seu lado, eu estava transferindo fatias de abacaxi de uma vasilha funda, para uma travessa rasa. Sobrou, na vasilha, um caldinho tentador. Peguei uma xicrinha, virei o caldinho de abacaxi e tomei-o. Fui levar a travessa para a mesa da sala, e logo depois a Isadora chegou perto de mim e disse: Vovó, será que você pega uma xicrinha para mim? Para que? É que sobrou um caldinho do meu sorvete, e eu quero fazer como você. Quero tomá-lo na xicrinha. E eu que nem percebera que ela estava me observando quando tomei o caldinho do abacaxi. Tudo bem, minha linda. E ela: Sabe, vovó, eu quero fazer tudo como você. Assim, quando eu crescer, todo mundo vai pensar que nós somos gêmeas. (Historinhas que precisam ficar registradas. Isadora com 4 anos e 10 meses).