Amor virtual?






É um filme impactante. Tem muito do presente, mas avança pelo futuro. E preocupa.
Será que, cada vez mais, as relações pessoais serão substituídas pelas virtuais?
Falo do filme Ela, que assisti ontem.
Gostei muito, mas fiquei meio aflita e talvez um pouco temerosa. 
Será que os planos vão ficar tão misturados que a noção que hoje temos de “pés no chão” vai desaparecer?
Será que conseguiremos perceber os limites entre o real e o virtual?
O filme gira em torno do relacionamento amoroso entre Theodore (Joaquin Phoenix) e o sistema operacional do seu computador, dotado de inteligência artificial. A voz do sistema é feminina, suave, sensual (Scarlet Johansson) e adota o nome de Samantha.
O interessante é que o filme moderno, impressionantemente tecnológico, apresenta também alguns fatos tradicionais, e cultivados em tempos antigos.
A partir do próprio personagem, o ótimo Joaquin Phoenix, que se veste com ar “retrô”. Achei interessantes suas calças com cintura bem alta, e camisas sempre para dentro.
Mas o dado mais tradicional do filme é o da escrita de cartas, embora isso ocorra tecnologicamente, sem uso das mãos para a escrita. Nem mesmo do teclado do computador. Tudo é feito pelo comando da voz. Contudo, as cartas são cheias de romance, de afeto, de proximidade.
Todas com emoções pessoais, apesar de encomendadas. E impressas em tipos manuscritos.
Enfim, o filme, a par de toda tecnologia, mostra que o importante é o romance a dois, é o encontro de humanos, é a afeição estável, impossível de ser encontrada num sistema de comunicação eletrônica de massa. 


Comentários

  1. Heloísa, hoje li um texto do Affonso Romano de Sant'Anna, sobre este filme. Li sem me fixar. Ele citou a Scarlett, mas não o Joaquin. Sou fã, demais, e vou reler o texto agora. rsrs Ele não gostou do filme, não dessa tecnologia que afasta, quando aparentemente une...
    Um filme que quero ver, com certeza.
    Beijo e boa semana.

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    1. Lúcia,
      Não vi esse texto a que você se refere. Vou procurá-lo. Gostei do filme mas, como disse, ele me assustou. Justamente pela preocupação da substuição do mundo real pelo virtual. É intrigante. A voz é linda. Vale muito ser visto. Bjs.

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  2. Heloísa, ainda não assisti, mas confesso, nem imagino um amor virtual. Preciso estar perto, o contato, estar junto! Coisas da minha idade?rs... beijos,linda semana,chica

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  3. Oi, Helô,

    Vou ver este filme com certeza! O assunto me interessa e eu sou muita fã do Joaquim Phoenix, gostei de saber que você o assistiu e gostou, rsrs.

    Um beijo e ótima semana!

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    1. Marly, querida, só achei que, da metade para o final, ele se arrasta um pouco. Poderia ter sido um pouco menor. Mas nada que o comprometa. Beijo.

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  4. Adorei o filme, e realmente traz muitas reflexões…
    E adorei os lugares, lindos! Poderíamos ir conhecê-los, não? rs
    beijos

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  5. ah, vc teve a mesma sensação que eu. preocupa. tb fiquei muito preocupada. e sou muito a favor das redes, gosto da aproximação que faz. mas não pode bastar. é um filme para se pensar muito mesmo. beijos, pedrita

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