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Mostrando postagens de maio, 2015

Museu e o mundo

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Parece que o “mundo” não para em casa. Essa foi a impressão que tive ao visitar o Rijksmuseum em Amsterdam. O museu é lindo, tanto na sua arquitetura como no seu rico conteúdo. É realmente uma multidão que se movimenta por suas salas. E isso não ocorre num só dia. É em todos os dias, do ano inteiro. Entra ano, sai ano, e o museu tem suas salas cheias. De crianças, a idosos. Bebês em carrinhos, crianças de mãos dadas com os pais, escolares em grupos, jovens, muitos jovens. E, ainda, muitos e muitos idosos. Sãos, e nem tanto. Caminhando bem, ou com bengalas, apoiados em “andadores”, ou em cadeiras de rodas. Pessoas falando uma variedade enorme de línguas, todas ligadas pelo mesmo objetivo da busca do conhecimento e da beleza. E todos muito atentos, vivenciando a magnitude das obras que atravessam séculos. O mesmo em relação ao Museu Van Gogh, que contém a maior parte das obras do pintor que, embora tendo vivido somente 37 anos, deixou ap

Viagem: altos e baixos.

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Um turbilhão de ideias, com alguns textos redigidos mentalmente. Mas, em viagem, nem sempre é fácil escrever e publicar. E vive-se tantos momentos diferentes, que aquilo que já estava pronto na cabeça, acaba ficando ultrapassado. Foram 14 dias de viagem pelo mar, de Santos a Barcelona. No último dia, acordei com um enorme sentimento de gratidão. Gratidão pela viagem maravilhosa, gratidão pela oportunidade de poder realizá-la. E essa gratidão, acompanhada por um grande bem-estar. Mas, de repente, esse bem-estar foi se desmanchando. A incorporação a uma excursão de sete dias, que na sua apresentação parecia algo prazeroso, foi quase um desastre. Embora passando por lugares lindos, pouco nos deu a oportunidade de vê-los e aproveitá-los. Correria, saídas muito cedo com exposição ao frio, cansaço. Ao fim do período da excursão, senti-me como uma sobrevivente. E, o pior, com conclusões de desânimo: a velhice chegou com força total, viagens só bem próximas de casa. Nesses m

Histórias a bordo

Até agora, 13 dias a bordo. Desses, passamos seis sem avistar terra. Acho uma delícia! O conforto do navio, a presença constante do mar, sua cor linda, seu balanço suave, a programação musical. E, ainda, a percepção de que não se está com muita idade para enfrentar viagem longa. Olha-se para os lados e observa-se, com facilidade, pessoas bem idosas. Bem mais idosas do que nós dois. Todos, procurando viver bem, enquanto vivos. 1800 pessoas, juntas, atravessando o Atlântico. E com esse número tão grande, nem sempre é fácil o reencontro. Conhece-se alguém, troca-se ideias e passa-se dias sem cruzar com essa mesma pessoa. Às vezes, não se encontra mais. A única ocasião em que o grupo é fixo é a do jantar. A mesa é a mesma, durante todos os dias, assim como as pessoas. Isso permite um contato mais próximo e, até, o surgimento de amizades.   As outras refeições podem ser feitas em lugares diferentes, em horários diferentes e com pessoas diferentes, a cada dia. Isso permite q